09/04/2022
Câmara de Campina Grande realiza Sessão Especial para ouvir demandas de autistas e seus familiares
CAMPINA GRANDE, PB - Pela primeira vez na história do
parlamento campinense, a Tribuna foi usada por uma pessoa com o espectro
autista. Isso aconteceu na Sessão Especial sobre o Dia de Conscientização sobre
o Autismo promovida esta semana pela Câmara Municipal de Campina Grande. O protagonista foi o psicanalista Gilvan Rangel, que é
autista e exerce a função de conselheiro da “Onda Autista”. Ele cobrou
políticas públicas para a profissionalização dos autistas e ações que facilitem
a entrada deles no mercado de trabalho. A fala de Gilvan foi o ponto alto da Sessão Especial
presidida pelo vereador Olimpio Oliveira, autor do requerimento que
possibilitou a sua realização, na manhã da quinta-feira (07). Também participaram do encontro a Dra. Lívia Sales,
coordenadora de saúde mental do município, a coordenadora das políticas para a
pessoa com deficiência, Edna Silva, e Renata Villarim, coordenadora da Educação
Especial da PMCG. A Sessão foi prestigiada pelos advogados Gustavo Mendoza e
Chintya Azevedo, representando a Comissão de Defesa dos Direitos dos Autistas
da OAB, e pelo advogado Fabson Barbosa Palhano, presidente da Comissão de Saúde
da OAB-CG. O debate entrou pela tarde. Foram mais de três horas de
diálogo entre especialistas, autistas, familiares e amigos, com o objetivo de
elaborar um documento, contendo todas as demandas para o segmento, que será
encaminhado para o prefeito de Campina Grande, para o governador da Paraíba e
para o Ministério Público. Houve também uma fala, muito emocionante, da presidente do Instituto
Brenda Pinheiro / Projeto Amigos AMA – Amigos do Autista, de Campina Grande, entidade
pioneira na cidade no tratamento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista –
TEA. Vânia falou sobre a importância da intervenção precoce e apresentou
resultados promissores que o IBP – AMA tem alcançado na cidade, desde eu foi
fundado, há sete anos. Os temas mais recorrentes da sessão dizem respeito à
necessidade de que sejam facilitados o diagnóstico e a intervenção multidisciplinar
precoce; a educação dos autistas, especialmente, para que um maior número de
cuidadores (apoio) sejam disponibilizados em sala de aula.
Por fim, também foram registradas diversas manifestações
contra o Rol Taxativo da ANS, que limita as terapias que devem ser autorizadas
pelos Planos de Saúde. Assessoria, com foto Divulgação
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