03/04/2022
Rendimento real do trabalhador recua 8,8% em um ano, apontam dados do IBGE
BRASÍLIA, DF - O rendimento real habitual do trabalhador
caiu 8,8% no trimestre encerrado em fevereiro deste ano, na comparação com o
mesmo período do ano anterior. Com isso, o valor passou de R$ 2.752 em
fevereiro de 2021 para R$ 2.511 um ano depois. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua (PNAD Contínua), divulgada hoje (31) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa também mostrou que a taxa de desemprego atingiu
11,2% no período e o número de desempregados chega a 12 milhões de pessoas. Tipo de emprego Os empregados com carteira assinada no setor privado
aumentaram em 1,1% em relação ao trimestre anterior e em 9,4% na comparação
anual (ou seja, com o trimestre encerrado em fevereiro de 2021). Já o número de empregados sem carteira assinada no setor
privado apresentou estabilidade em relação ao trimestre anterior, mas teve alta
de 18,5% no ano. Os trabalhadores por conta própria caíram na comparação com
o trimestre anterior (-1,9%), mas subiu na comparação anual (8,6%), enquanto a
quantidade de trabalhadores domésticos manteve estabilidade na comparação
trimestral e subiu 20,8% no ano. A taxa de informalidade foi de 40,2% da população ocupada,
ou 38,3 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, a taxa havia
sido de 40,6% e, no mesmo trimestre do ano anterior, 39,1%. Subutilização A população subutilizada, ou seja, os que estão
desempregados, aqueles que trabalham menos do que poderiam e as pessoas que
poderiam trabalhar mas não procuram emprego, ficou em 27,3 milhões, 6,3% abaixo
do trimestre anterior e 17,8% menor do que um ano atrás. A taxa composta de subutilização foi de 23,5%, abaixo dos
25% do trimestre anterior e dos 29,2% do trimestre encerrado em fevereiro de
2021. A população desalentada, ou seja, aqueles que não procuraram
emprego por vários motivos, mas que gostariam de ter um trabalho e estavam
disponíveis para trabalhar na semana de referência, chegou a 4,7 milhões de
pessoas. O número manteve-se estável em relação ao trimestre anterior e caiu
20,2% na comparação anual. O percentual de desalentados na força de trabalho ou
desalentada (4,2%) registrou estabilidade frente ao trimestre anterior e queda
ante o trimestre encerrado em fevereiro de 2021 (5,5%).
Já a população fora da força de trabalho chegou a 65,3
milhões de pessoas, alta de 0,7% quando comparada com o trimestre anterior e queda
de 5% na comparação anual. Agência Brasil, com foto: Tomaz Silva
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