16/03/2022
Remédios devem ter ainda este mês o maior reajuste em 10 anos, em torno de 12%
BRASÍLIA, DF - Seguindo a alta acumulada da inflação nos
últimos 12 meses, o segmento de medicamentos pode sofrer reajuste de até 12%,
em média, destaca nesta quarta-feira (16/3). O anúncio do percentual será feito
no final de março. Os novos preços dos remédios passarão a valer a partir de 1º
de abril. Essa definição é de responsabilidade da Câmara de Regulação
de Mercado de Medicamentos (CMED), órgão interministerial vinculado à Agência
Nacional de Vigilância sanitária (Anvisa). Se confirmado, será o maior reajuste
em dez anos no país. O reajuste leva em conta também, segundo a atual legislação,
outros indicadores do setor. Aumentos
diferenciados Cerca de 10 mil medicamentos estão na lista oficial. E a
atualização dos valores é feita anualmente. No ano passado, o reajuste ficou em
9%, em média, com máxima de 10,08%. Considerando o percentual máximo e não a média, em 2020, o
reajuste foi de até 5,21% e, em 2019, os medicamentos ficaram até 4,33% mais
caros. Em 2018, o percentual máximo foi menor ainda, de 2,43%, enquanto em 2017
foi de 4,76%. Em 2016, um ano fora da curva, o máximo aplicado foi de
12,5%. Foi a primeira vez que o aumento autorizado ultrapassou a inflação
acumulada entre abril de 2015 e março de 2016, que foi de 10,36%. Em 2015, a alta foi de até 6%; em 2014, até 3,52%; em 2013,
de até 4,59%, e, em 2012, até 2,81%.
Mas o aumento não é linear. Ele poderá variar de um item
para o outro. Os de baixa concorrência tendem a ter reajuste emnor, pois a CMED
atua para coibir abuso de preço. E os de alta concorrência, como os genéricos,
podem sofrer maior alteração, por terem mais liberdade de regulação no mercado.
Então, de maneira geral, a variação poderá ser de 2% a 20%. EM, com foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
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