15/03/2022
Covid-19: Brasil já tem dois casos da Deltacron, nova cepa que combina Delta e Ômicron
BRASÍLIA, DF - O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga,
confirmou, hoje (15), que o Brasil já registra dois casos de pessoas infectadas
por uma variante do novo coronavírus, a Deltacron. A nova cepa combina características genéticas da Ômicron e
da Delta e vem sendo monitorada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde o
início do mês, quando os primeiros casos foram identificados na França. “Nosso serviço de vigilância genômica já identificou dois
casos no Brasil. Um no Amapá, outro no Pará”, disse o ministro a jornalistas,
ao chegar ao ministério. Queiroga destacou que, em um contexto de pandemia, no qual
um vírus se espalha com maior facilidade entre a população, se replicando
velozmente, as probabilidades dele sofrer mutações aumentam. Segundo ele, isso
demonstra a importância da população se vacinar. “Esta variante [a Deltacron] é considerada de importância e
requer o monitoramento”, acrescentou Queiroga, assegurando que, mesmo com a
“desaceleração” do surgimento de novos casos da covid-19 em todo o país, as
autoridades sanitárias devem continuar vigilantes. “Tudo que acontece nos outros países, nós observamos.
Monitoramos todos os casos, e isto é fruto do fortalecimento da capacidade de
vigilância genômica no Brasil – [fruto] dos fortes investimentos que o governo
federal fez após a pandemia”, acrescentou o ministro. De acordo com o Ministério da Saúde, entre a tarde de
domingo (13) e o fim da tarde de ontem (14), foram confirmados 11.287 novos
casos de covid-19 no país, e 171 mortes em decorrência da doença. Aos sábados, domingos e segundas-feiras, os números
contabilizados tendem a ser menores que os dos demais dias da semana devido à
dificuldade das secretarias de saúde dos estados e municípios repassarem
informações. Mesmo assim, os resultados gerais indicam uma melhora da situação. Com este cenário, vários estados e municípios já
flexibilizaram medidas de controle sanitário, como a obrigatoriedade do uso de
máscaras de proteção.
"O STF [Supremo Tribunal Federal] delegou a estados e
municípios a prerrogativa de, de maneira complementar à União, dispor a
respeito do uso de máscaras. Não se trata de obrigar as pessoas a não usar
máscaras, mas sim de desobrigar o uso. E isto depende do cenário epidemiológico
[local]. É preciso fazer isto de forma inteligente. Por exemplo, mesmo o número
de casos estando desacelerando, é recomendável continuarmos usando as máscaras
em hospitais. Pessoas imunocomprometidas e indivíduos que passaram por um
transplante também", finalizou o ministro. Agência Brasil, com foto: Ilustração/Pixabay
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