12/03/2022
Índices altos: Justiça dá 3 dias para governo Bolsonaro explicar aumento nos combustíveis
BRASÍLIA, DF - Uma ação civil foi aberta pelo Conselho
Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), na Justiça Federal, para
suspender o aumento dos preços dos combustíveis anunciado pela Petrobras e que
entrou em vigor nesta sexta-feira (11/3). E cobra explicação do presidente Jair
Bolsonaro (PL) sobre a disparada dos preços. A ação pede providências imediatas do encerramento do último
reajuste dos preços "com base em despesas e custos não existentes" e
a utilização de uma política de preço sobre os combustíveis por parte do
governo federal. A justificativa é de que os réus - Bolsonaro, o Conselho
Nacional de Política Energética, a Agência Nacional do Petróleo, o presidente
da estatal, general Joaquim Silva e Luna - estão "violando" os
interesses da soberania nacional e dos consumidores ao permitir os reajustes
considerados "abusivos". Para o CNTRC, tanto o chefe do Executivo
quanto a Petrobras estão praticando a "aplicação de políticas econômicas
lesivas ao interesse nacional, à ordem econômica, aos direitos fundamentais do
consumidor". Em relação ao CNPE, dizem que deveria "propor ao
Presidente da República políticas nacionais e medidas específicas destinadas a
promover o aproveitamento dos recursos (..) da preservação do interesse
nacional e da proteção dos interesses do consumidor quanto a preço". Enquanto a Agência Nacional do Petróleo (ANP) teria a
responsabilidade de "promover a regulação e a fiscalização das atividades
econômicas dessa indústria da preservação do interesse nacional e da proteção
dos interesses do consumidor". "Trata-se de pedido de cessação de atos e omissões
fundadas em prática inconstitucional, ilícita, antiética e imoral, lesiva aos
consumidores dos derivados básicos de petróleo em território nacional afetados
pela decisão política de fixação de preços imotivadamente vinculados à paridade
internacional", diz um trecho da ação.
A Justiça decidiu que o presidente Jair Bolsonaro (PL) e os
demais réus devem apresentar um representante legal, em 72 horas, para prestar
esclarecimentos. EM, com foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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