07/03/2022
Rio de Janeiro é a 1ª capital a desobrigar uso de máscaras em locais fechados
RIO DE JANEIRO, RJ - O decreto do prefeito Eduardo Paes que
desobriga o uso de máscaras de proteção, inclusive em locais abertos em todo a
cidade do Rio de Janeiro foi publicado nesta tarde em edição extra do Diário
Oficial do Município. Com isso, a medida já entrou em vigor na cidade e se estende
até os transportes públicos. Segundo o Artigo 2º do decreto, deixa de ser
obrigatório o uso de máscaras faciais para ter acesso e permanecer em
dependências de estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de
serviços, bem como de órgãos públicos municipais e demais locais, ambientes e
veículos de uso público restrito ou controlado. Ainda conforme o decreto, quando o município atingir o
índice de 70% da população maior de 18 anos vacinada com a dose de reforço, as
pessoas ficam dispensadas de prévia comprovação de vacinação contra a covid-19
para acesso e permanência no interior dos estabelecimentos e locais definidos
no Decreto Rio nº 49.894, de 1º de dezembro de 2021, como bares, lanchonetes,
restaurantes; academias; estádios e ginásios esportivos; cinemas, teatros,
salas de concerto; museus galerias e exposições, entre outros. “Ficam os indivíduos dispensados de prévia comprovação de
vacinação contra a covid-19 para acesso e permanência no interior dos
estabelecimentos e locais elencados no Decreto Rio nº 49.894, de 1º de dezembro
de 2021, quando o município atingir o índice de 70% da população maior de 18
anos vacinada com a dose de reforço”, diz o Artigo 1º do decreto. “Este decreto
entra em vigor na data de sua publicação, revogados, especialmente, o Decreto
Rio nº 49.769, de 16 de novembro de 2021 e o Decreto Rio nº 49.766, de 11 de
novembro de 2021, conclui a norma de hoje”. Comitê científico A decisão de abolir o uso de máscaras foi tomada pelo
município com base na recomendação do Comitê Especial de Enfrentamento à
Covid-19 (CEEC), que se reuniu na manhã desta segunda-feira. O secretário
municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, que é um dos integrantes do comitê,
disse que, considerando o atual panorama epidemiológico, a cidade tem a menor
taxa de transmissão da doença desde o início da pandemia. Segundo Soranz, o
nível atual é de 0,3 enquanto na semana passada era de 0,5. O secretário acrescentou que o índice de positividade dos
testes para covid-19 também recuou e está abaixo de 5%. “Temos uma redução da
positividade gradativa ao longo das últimas semanas. Hoje, de cada 100 pessoas
que fazem testes de covid-19 na cidade do Rio de Janeiro, menos de 5% são
positivas para covid-19. Então, temos um dos menores índices de positividade da
nossa história”, afirmou, destacando que o número de pessoas internadas em
consequência da doença corresponde a menos de 1% do total da capital. De acordo com o secretário, por todos esses motivos, o CEEC
considerou que era possível recomendar a desobrigação do uso de máscaras na
cidade do Rio, inclusive em locais fechados. “Vale lembrar que, desde outubro,
já não era mais obrigatório o uso de máscaras em locais abertos e, a partir
desta decisão do comitê, o prefeito Eduardo Paes vai elaborar um decreto, para
aí, sim, formalizar essa recomendação do Comitê Científico”, completou. Segundo o secretário, a recomendação de manter, por
enquanto, o passaporte vacina é por causa da importância do documento,
especialmente para garantir a dose de reforço. “Precisamos aumentar o número de
pessoas que façam a dose de reforço. Hoje temos uma situação epidemiológica
muito positiva na cidade do Rio de Janeiro justamente por conta da alta
cobertura vacinal, só que essa cobertura vacinal, essa proteção, não dura para
sempre. Sabemos que essa proteção vai caindo ao longo do tempo e que a dose de
reforço é essencial para manter a proteção em níveis adequados.Nosso comitê
recomenda que se mantenha o passaporte vacinal estimulando a população a fazer
a dose de reforço." Permanece também a recomendação do uso de máscaras por
pessoas com imunossupressão, com nível de comorbidade grave ou que não se
vacinaram, o mesmo para quem apresenta sintomas respiratórios, de gripe ou de
covid-19 para evitar a transmissão de doenças para outras pessoas. Soranz
informou que a secretaria vai manter a aplicação dos testes de covid-19 e ampliar
o atendimento que é feito em 240 unidades do município. Para o secretário, a desobrigação do uso de máscaras
inclusive em locais fechados não é uma decisão precipitada porque os números
dão segurança para adotar a medida. “Não considero. A gente tem indicadores
epidemiológicos que dão muita segurança para essa decisão”, disse, lembrando
que essa é uma desobrigação, mas quem quiser, pode continuar utilizando as
máscaras. Escolas
De acordo com Soranz, nas unidades escolares públicas ou
privadas, também não é necessário usar máscaras. No entanto, para as crianças
que ainda não estejam vacinadas, a recomendação é continuar usando a máscara de
proteção. “Recomendamos às crianças que não se vacinaram que usem máscaras, mas
não será mais obrigatório o uso de máscaras nas escolas.” Agência Brasil, com foto: Fernando Frazão
|