04/03/2022
Inflação de 2021 foi mais alta para os mais pobres e mais branda para os mais ricos, diz Ipea
SÃO PAULO, SP - As classes de renda mais alta foram as que
menos sentiram os efeitos da inflação no ano passado. Segundo dados divulgados pelo
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), as faixas de renda média-alta
e alta foram as únicas a registrarem inflação abaixo de 10% no ano passado. A diferença entre as taxas da faixa de maior e menor renda,
no entanto, ficou mais estreita em 2021 do que em 2020. No último ano, a
distância entre uma e outra foi de 0,54 ponto percentual. Um ano antes, havia
ficado em 3,48 pontos. As diferentes taxas de inflação se explicam porque para cada
faixa de renda os grupos de consumo têm pesos diferentes: para as classes de
renda mais baixas, por exemplo, habitação e alimentação usualmente representam
uma fatia maior dos gastos do que entre as que têm renda mais alta, onde lazer
e viagens exercem maior peso.
Assim, a inflação para a classe de renda mais baixa sofreu
principalmente o impacto dos reajustes de 21,2% nas tarifas de energia elétrica
e de 37% do gás de botijão. Já para o segmento de renda mais alta, o foco
residiu no grupo transportes, com o aumento de 47,5% da gasolina e de 62,2% do
etanol. g1, com foto: Ilustração/Pixabay
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