24/02/2022
Clima Econômico do Brasil é o pior entre dez países latinos; melhores são Uruguai, Paraguai e Colômbia
SÃO PAULO, SP - O Índice de Clima Econômico (ICE), medido
pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 2,8 pontos no primeiro trimestre
deste ano em relação ao trimestre anterior. Com isso, o indicador, construído
com base na avaliação de especialistas em economia do país, chegou a 60,6
pontos em uma escala de 0 a 200 pontos. É o pior resultado desde o segundo trimestre de 2020 (40,8
pontos). A queda foi puxada pelo recuo de 39,1 pontos no Índice da Situação
Atual, que mede a opinião dos especialistas em relação ao presente, e que
atingiu 15,4 pontos. O Índice de Expectativas, que mede a avaliação em relação
ao futuro, por outro lado, subiu 42,7 pontos e chegou a 115,4 pontos. O ICE também é medido em outros países da América Latina,
sempre com base na opinião de especialistas desses locais. O ICE brasileiro
ficou abaixo da média da região (79 pontos) e teve o pior desempenho entre as
dez nações latino-americanas. No trimestre anterior, a Argentina ocupava a
última posição. O melhor índice ficou com o Uruguai (135,4 pontos), seguido
por Paraguai (113,6 pontos), Colômbia (109,4 pontos), Equador (93,7 pontos) e
México (81,3 pontos). Ficaram abaixo da média latino-americana, além do Brasil,
Argentina (67 pontos), Bolívia (71,4 pontos), Chile (71,7 pontos) e Peru (78,4
pontos). Na comparação com o trimestre anterior, a América Latina
perdeu 1,4 ponto. Entre as principais perdas, destacam-se Colômbia (-28,2
pontos), Equador (-23,8 pontos), Paraguai (-19,7 pontos) e Bolívia (-15,9
pontos). Os únicos países que tiveram crescimento em relação ao
trimestre anterior foram Argentina (29,8 pontos) e Uruguai (15,7 pontos). A
perda de 2,8 pontos do Brasil foi o terceiro melhor resultado da região. PIB A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)
para o Brasil em 2022, segundo os especialistas consultados pela FGV, recuou de
1,8% no quarto trimestre de 2021 para 0,7% no primeiro deste ano. Também é o
pior resultado entre os dez países da região.
A previsão de crescimento médio na América Latina é de 2,2%
para 2022. As melhores previsões são para Colômbia (3,9%), Bolívia (3,8%),
Paraguai (3,6%) e Uruguai (3%). As demais previsões são: Peru (2,7%), Equador
(2,6%), México (2,5%), Argentina (2,5%) e Chile (2,4%). Agência Brasil, com foto: Ilustração/Pixabay
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