14/02/2022
Veneziano: bancos tem maior alta da história nos lucros, enquanto população sofre com inflação
BRASÍLIA, DF - O Vice-presidente do Senado Federal, senador
Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) criticou o atual modelo econômico vigente no
Brasil, que proporcionou aos bancos privados do país a maior alta da história nos
lucros, entre 2021 e 2022. Segundo ele, esta realidade contrasta, infelizmente,
com o sofrimento da população, que vive alta nos juros básicos da economia e
uma inflação que bate recordes mês a mês. De acordo com balanços financeiros divulgados pelos três
principais bancos privados do país, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander Brasil
lucraram R$ 69,4 bilhões em 2021. Esse é o maior valor nominal da história, o
que representou um crescimento de 34,8% em relação a 2020. No 1º ano da pandemia, os maiores bancos privados do país
haviam lucrado mais de R$ 51 bilhões, segundo o levantamento, que leva em consideração
o lucro líquido recorrente (ou gerencial) das empresas, de acordo com
reportagem do site Poder 360, produzida com base nos balancetes divulgados. “O Itaú foi o banco com maior lucro: R$ 28,88 bilhões.
Também registrou o maior crescimento em relação ao ano anterior, com 45% de
alta. Os três bancos estão listados na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo)”, diz
a reportagem. Veneziano disse que esta realidade contrasta com o outro
lado da moeda, o da população brasileira, pois, enquanto os bancos lucram, o
povo sofre com alta nos juros e uma inflação que aumenta mês a mês. “Isso é
fruto de uma política econômica nefasta, que pune o cidadão brasileiro e
privilegia essa minoria. Fica muito evidente a necessidade de se mudar esse contraste”. Ele lembrou ainda que a taxa de inflação elevada é fruto de
vários fatores, dentre eles a política de reajustes nos preços dos combustíveis
atrelada ao dólar. “Como tudo no Brasil depende dos combustíveis, com os
sucessivos aumentos permitidos pelo governo, que é o principal acionista da
Petrobras, o aumento no preço do frete é imediato. A partir daí, tudo aumenta”,
afirmou o Vice-presidente do Senado.
Veneziano disse que essa sucessão de aumentos ocasiona, por
exemplo, altas nos preços dos gêneros alimentícios que compõem a cesta básica.
“Isso leva o cidadão brasileiro, que sofre as consequências do desemprego em
índices estratosféricos, a ter que se virar para a sua manutenção e da sua família”,
finalizou Veneziano. Assessoria, com foto: Marcos Brandão/Agência Senado
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