17/01/2022
Média móvel de novos casos de Covid-19 no Brasil já se aproxima da pior marca da pandemia
SÃO PAULO, SP - O Brasil registrou nesta segunda-feira (17)
76.345 novos casos conhecidos de Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando ao
total de 23.083.297 diagnósticos confirmados desde o início da pandemia. Com
isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi a 75.253 - a maior desde 24
de junho do ano passado (77.050). Em comparação à média de 14 dias atrás, a
variação foi de +662%, indicando tendência de alta nos casos da doença. Brasil, 17 de janeiro - Total de mortes: 621.261 - Registro de mortes em 24 horas: 162 - Média de novas mortes nos últimos 7 dias: 160 (variação em
14 dias: +66%) - Total de casos conhecidos confirmados: 23.083.297 - Registro de casos conhecidos confirmados em 24 horas:
76.345 - Média de novos casos nos últimos 7 dias: 75.253 por dia
(variação em 14 dias: +662%) Em seu pior momento, a curva da média móvel nacional de
casos chegou à marca de 77.295 novos casos diários, no dia 23 de junho de 2021. O país também registrou 162 mortes pela Covid-19 nas últimas
24 horas, totalizando 621.261 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, a
média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 160. Em comparação à média de 14
dias atrás, a variação foi de +66%, indicando tendência de alta nos óbitos
decorrentes da doença. O estado do Acre não divulgou novos dados de casos e mortes
pela doença nesta segunda. Os números estão no novo levantamento do consórcio de
veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil,
consolidados às 20h. O balanço é feito a partir de dados das secretarias
estaduais de Saúde. Instabilidade nos
sistemas Após o apagão de dados do Ministério da Saúde, os estados
começaram a normalizar a divulgação de números de Covid-19 no Brasil no dia 4
de janeiro. Em 12 de dezembro, o ministério informou que o processo para
recuperação dos registros dos brasileiros vacinados contra a Covid-19 após
ataque hacker foi finalizado, sem perda de informações. Mas, no dia seguinte, o
ministro Marcelo Queiroga disse que houve um novo ataque hacker. A previsão
inicial de estabilização dos sistemas, de 14 de dezembro, não foi cumprida. Em janeiro, o ministério informou que quatro de suas
plataformas foram reestabelecidas ainda em dezembro; afirmou que, no dia 7 de
janeiro, normalizou a integração entre os sistemas locais e a rede nacional de
dados, e que o retorno do acesso às informações estava sido gradual. Segundo a pasta, a instabilidade no sistema não interferiu
na vigilância de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, como a Covid. É o
oposto do que dizem pesquisadores. "A gente não consegue planejar a abertura de novos
serviços hospitalares, de centros de testagem, abertura de novos leitos e
entender as regiões onde o impacto da nova variante é maior", diz Julio
Croda, infectologista e pesquisador da Fiocruz. "A gente não viu a evolução e a chegada da ômicron. Ela
não apareceu de repente no Ano Novo. Ela entrou ao longo do mês de dezembro, e
a gente estava completamente em voo cego ali, porque não tinha dado nenhum; a
gente não viu os dados crescerem", afirma o professor Marcelo Medeiros,
fundador do Covid-19 Analytics. Ele interrompeu o serviço que auxilia
autoridades a tomarem decisões em meio à pandemia. Curva de mortes nos
estados - Em alta (19 estados): SP, PI, SC, RN, MA, MS, PA, AP, TO,
SE, ES, AM, MG, RS, MT, CE, PR, RO, BA - Em estabilidade (3 estados e o DF): GO, RR, AL, DF - Em queda (3 estados): PE, PB, RJ - Não divulgou (1 estado): AC Essa comparação leva em conta a média de mortes nos últimos
7 dias até a publicação deste balanço em relação à média registrada duas
semanas atrás (entenda os critérios usados pelo g1 para analisar as tendências
da pandemia). Vale ressaltar que há estados em que o baixo número médio de
óbitos pode levar a grandes variações percentuais. Os números de médias móveis
são, em geral, em números decimais e arredondados para facilitar a apresentação
dos dados. Já a variação percentual para calcular a tendência (alta,
estabilidade ou queda) leva em conta os números não arredondados. Consórcio de veículos
de imprensa
Os dados sobre casos e mortes de coronavírus no Brasil foram
obtidos após uma parceria inédita entre g1, O Globo, Extra, O Estado de
S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de
junho de 2020, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos
26 estados e no Distrito Federal. g1, com foto: Ilustração/Pixabay
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