03/01/2022
Relator da matéria no Senado, Veneziano comemora sanção da desoneração
BRASÍLIA, DF - O Vice-presidente do Senado Federal, senador
Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) destacou, nesta segunda-feira (03) a importância
da sanção da desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia. Relator
da matéria no Senado, Veneziano disse que a sanção confirma a preocupação do
Congresso Nacional em manter os empregos de milhares de brasileiros, além de
estimular a criação de novas vagas no mercado de trabalho. O PL 2.541/2021, aprovado no Plenário do Senado há três semanas,
garantia a prorrogação da desoneração por mais dois anos. Com a sanção, a
medida, que se encerraria no fim do ano passado, valerá até o fim de 2023. Veneziano
teve o cuidado de elaborar um relatório para garantir a renovação do
instrumento antes do fim do ano, pois se o Senado tivesse feito mudanças na
matéria, o texto voltaria para a Câmara. Com isso, ele acabou rejeitando emendas que garantiriam a
inserção de novos setores, mesmo reconhecendo a importância e necessidade de estender
o benefício. Porém, caso acatasse as sugestões, o país correria o risco de não
ter a prorrogação garantida, prejudicando os setores já beneficiados e
colocando os empregos em risco. “Estamos diante da iniquidade temporal. Estamos para ver
exauridas as condições. O dia 31 de dezembro é o prazo fatal. Aqui poderíamos e
haveríamos de fazer, no reconhecimento a essas demandas, as inserções de outros
setores”, afirmou Veneziano, durante a apresentação de seu relatório, ao
assumir o compromisso de, posteriormente, apresentar uma proposição incluindo
mais ramos da economia. Setores e Benefícios A desoneração da folha é um mecanismo que permite às empresas dos setores
beneficiados pagarem alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de
20% sobre a folha de salários. Essa permissão foi introduzida há 10 anos e há
pelo menos oito já alcança todos os setores hoje incluídos. Pela legislação
atual (Lei 12.546, de 2011), ela se esgotaria em 31 de dezembro deste ano. Os setores alcançados pela medida são: calçados, call
center, comunicação, confecção/vestuário, construção civil, empresas de
construção e obras de infraestrutura, couro, fabricação de veículos e
carroçarias, máquinas e equipamentos, proteína animal, têxtil, TI (tecnologia
da informação), TIC (tecnologia de comunicação), projeto de circuitos
integrados, transporte metroferroviário de passageiros, transporte rodoviário
coletivo e transporte rodoviário de cargas.
Como forma de compensação pela prorrogação da desoneração, o
projeto também aumenta em 1% a alíquota da Cofins-Importação. Segundo
Veneziano, essa providência vai garantir um saldo fiscal positivo de cerca de
R$ 2,5 bilhões. Outra regra aprovada é que o Executivo deverá estabelecer
mecanismos permanentes de avaliação da efetividade da política de desoneração
da folha de pagamento. Assessoria, com foto: Marcos Brandão/Agência Senado
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