14/12/2021
Variante Ômicron do novo coronavírus representa risco global “muito alto”, diz OMS
BRASÍLIA, DF - A variante Ômicron, do coronavirus, já
detectada em mais de 60 países, representa risco global "muito alto",
com evidências de que foge à proteção vacinal, mas os dados clínicos sobre sua
gravidade continuam limitados, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS). A Ômicron está rodeada de incertezas consideráveis.
Detectada pela primeira vez no mês passado na África do Sul e em Hong Kong, ela
tem mutações que podem levar à maior transmissibilidade e a mais casos de
covid-19, informou a OMS em resumo técnico divulgado nesse domingo (12). "O risco geral relacionado à nova variante de
preocupação Ômicron permanece muito alto por uma série de razões", disse a
entidade, reiterando a avaliação inicial que fez da cepa em 29 de novembro. "E, em segundo lugar, as evidências preliminares
sugerem potencial fuga imunológica humoral contra infecções e altas taxas de
transmissão, o que poderia levar a novos surtos com graves conseqüências",
acrescentou a organização, referindo-se à potencial capacidade do vírus de
escapar da imunidade proporcionada pelos anticorpos. A OMS citou algumas evidências preliminares de que o número
de pessoas sendo reinfectadas com o vírus aumentou na África do Sul. Embora as descobertas preliminares na África do Sul sugiram
que a Ômicron pode ser menos grave que a variante Delta - atualmente dominante
em todo o mundo - e todos os casos relatados na região da Europa tenham sido
leves ou assintomáticos, ainda não está claro até que ponto a Ômicron pode ser
inerentemente menos virulenta, disse a OMS. "São necessários mais dados para entender o perfil de
gravidade. Mesmo que a gravidade seja potencialmente menor do que para a
variante Delta, é esperado que as hospitalizações aumentem como resultado do
aumento da transmissão. Mais hospitalizações podem representar um fardo para os
sistemas de saúde e levar a mais mortes."
Mais informações sobre a nova variante são esperadas para as
próximas semanas, afirmou a OMS. Agência Brasil, com foto: Pixabay
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