27/11/2021
Ômicron: veja países onde a nova variante do coronavírus descoberta na África do Sul já foi detectada
SÃO PAULO, SP - A ômicron (B.1.1.529), nova variante do
coronavírus descoberta na África do Sul, já foi detectada em ao menos 6 países
e territórios até o momento e várias nações já restringiram voos devido à nova
cepa. - África do Sul: 77 casos na Província de Gauteng; - Alemanha: 2 casos na região da Baviera; também há 1 caso
com "alta probabilidade" em Hesse; - Bélgica: 1 caso, de um viajante que voltou do Egito* em 11
de novembro; - Botsuana: 4 casos, todos de estrangeiros que foram ao país
missão diplomática e já deixaram o país; - Hong Kong: 1 caso, de uma pessoa que viajou à África do
Sul; - Israel: 1 caso confirmado, de uma pessoa que viajou ao
Malaui*, e mais 2 casos suspeitos; - Itália: 1 caso confirmado, de um homem que chegou de
Moçambique; - Reino Unido: 2 casos confirmados, um deles em Chelmsford e
o outro em Nottingham; - República Tcheca: 1 caso confirmado em Liberec. Apesar de o caso confirmado em Israel ser de uma pessoa que
viajou ao Malaui e o infectado na Bélgica ser de um viajante que voltou do
Egito, nenhum dos dois países africanos confirmaram oficialmente nenhum caso da
nova variante até o momento. Antes de ganhar o nome de ômicron, a variante ficou
conhecida pela abreviação B.1.1.529. A variante preocupa pois tem 50 mutações — algo nunca visto
antes —, sendo mais de 30 na proteína "spike" (a "chave"
que o vírus usa para entrar nas células e que é o alvo da maioria das vacinas
contra a Covid-19). O virologista Tulio de Oliveira, diretor do Centro para
Resposta Epidêmica e Inovação na África do Sul, que anunciou a descoberta da
nova variante na quinta-feira (25), afirma que a ômicron carrega uma
"constelação incomum de mutações" e é "muito diferente" de
outros tipos que já circularam. "Esta variante nos surpreendeu, ela deu um grande salto
na evolução [e traz] muitas mais mutações do que esperávamos", afirma
Oliveira, que é brasileiro. Mas ainda é cedo para dizer o quão transmissível ou
perigosa é a variante — e seu efeito sobre as vacinas já desenvolvidas (veja
mais abaixo). A variante ômicron
(B.1.1.529) Até o momento foram registrados 77 casos na África do Sul, 4
na vizinha Botsuana, 1 em Hong Kong (uma pessoa que voltou de uma viagem à
África do Sul), 1 em Israel (uma pessoa que voltou do Malaui), 1 na Bélgica
(uma pessoa que viajou ao Egito) e 2 no Reino Unido. O instituto de pesquisa de Túlio de Oliveira é vinculado à
Universidade de Kwazulu-Natal e foi responsável pelo descobrimento da variante
beta, uma das quatro cepas consideradas de preocupação global (VOC) pela
Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo o virologista brasileiro, a B.1.1.529 é
potencialmente muito contagiosa e tem um número "extremamente alto"
de mutações. "Podemos ver que [a variante] tem potencial para se espalhar
muito rapidamente". Os cientistas ainda não têm certeza da eficácia das vacinas
contra a Covid-19 existentes contra a nova variante. Segundo a Agência de Segurança em Saúde do Reino Unido, a
ômicron tem uma proteína "spike" que é dramaticamente diferente
daquela do coronavírus original, na qual os imunizantes são baseados.
"O que nos preocupa é que esta variante pode não só ter
uma capacidade de transmissão aumentada, mas também ser capaz de contornar partes
do nosso sistema imunológico", disse o professor Richard Lessells, da
Universidade de KwaZulu-Natal. g1, com foto: Pixabay
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