04/11/2021
Vacina contra a Covid-19 poderá ser ministrada a cada seis meses, a partir do ano que vem
JOÃO PESSOA, PB - A partir do ano que vem a vacina contra a
Covid-19 poderá ser aplicada na população a cada seis meses. A afirmação foi
dada pelo secretário de Estado da Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros. Segundo
ele, esta é a expectativa da comunidade científica, considerando o período de
imunidade que a vacina garante, atualmente, de acordo com estudos feitos até o
momento. Geraldo Medeiros disse que, a cada ciclo vacinal, os
imunizantes irão se aperfeiçoar, passando a proteger a população contra as
novas variantes do novo coronavírus que surgirem. A afirmação foi dada em João
Pessoa, durante entrevista ao programa Correio Debate, do Sistema Correio de
Comunicação. Proteção diminui após
seis meses Matéria publicada recentemente pela Agência Brasil mostrou
que a proteção contra a covid-19 oferecida por duas doses das vacinas da
Pfizer/BioNTech e da Oxford/AstraZeneca começa a diminuir dentro de seis meses,
o que mostra a necessidade de doses de reforço, segundo estudo feito por
pesquisadores do Reino Unido. O estudo britânico ZOE Covid apontou que, no caso da vacina
Pfizer/BioNTech, a eficácia um mês após a segunda dose, que é de 88%, cai para
74% passados cinco ou seis meses. Para o imunizante da AstraZeneca, a eficácia
caiu de 77%, um mês depois, para 67% após quatro ou cinco meses. O estudo se baseou em dados de mais de 1 milhão de usuários
de um aplicativo, comparando infecções relatadas pelos próprios participantes
vacinados com casos em um grupo de controle não vacinado. A matéria da Agência Brasil mostrou ainda que dados de
pessoas mais jovens, no entanto, são necessários, porque os participantes
vacinados até seis meses atrás tendem a ser idosos, já que essa faixa etária
foi priorizada quando as primeiras vacinas foram aprovadas, disseram os autores
do estudo. A ZOE Ltd foi fundada há três anos para oferecer orientações
de nutrição personalizadas, com base em conjuntos de exames. O aplicativo ZOE
Covid Symptom Study da empresa é uma iniciativa sem fins lucrativos, em
colaboração com o King’s College de Londres e financiada pelo Departamento de Saúde
e Assistência Social. Em uma projeção da pior situação futura, sugere a matéria da
Agência Brasil, a proteção pode cair para menos de 50% para pessoas mais velhas
e profissionais de saúde até o inverno, disse Tim Spector, cofundador da ZOE
Ltd e principal autor do estudo. "Ele está chamando a atenção para a necessidade de
alguma ação. Não podemos só esperar para ver a proteção diminuir lentamente,
enquanto os casos ainda estão altos e a chance de infecção também ainda está
alta", disse Spector à BBC. O Reino Unido e outras nações europeias estão planejando uma
campanha de reforço de vacina contra covid-19 no final deste ano, desde que
especialistas disseram que pode ser necessário administrar a terceira dose aos
idosos e aos mais vulneráveis a partir de setembro.
"Isso é um lembrete de que não podemos contar só com as
vacinas para evitar a disseminação da covid-19", disse Simon Clarke,
professor-associado de Microbiologia Celular da Universidade de Reading, que
não se envolveu com o estudo. Com informações da Agência Brasil e foto: Secom-JP
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