27/10/2021
Presidente da Anvisa rebate Bolsonaro e diz que vacinas contra a Covid-19 não aumentam riscos de doenças
BRASÍLIA, DF - O presidente da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, disse nesta quarta-feira
(27), na abertura de uma reunião da diretoria da agência, que nenhuma vacina
contra a Covid aumenta a "propensão de ter outras doenças". Barra Torres deu a declaração dias após o presidente Jair
Bolsonaro, em uma live, ter disseminado a fake news de que tomar a vacina
aumenta o risco de uma pessoa se infectar com o vírus da Aids. Ao refutar essa
frase, o presidente da Anvisa não citou diretamente o nome de Bolsonaro. "Nenhuma das vacinas está relacionada à geração de
outras doenças. Nenhuma delas está relacionada ao aumento da propensão de ter
outras doenças, doenças infectocontagiosas por exemplo. Vamos manter a tradição
do nosso povo brasileiro de buscar e aderir ao PNI [Prrograma Nacional de
Imunizações]", afirmou Barra Torres. Ele também ressaltou que a queda nos números de novos casos
de Covid no Brasil e mortes em decorrência da doença estão caindo graças à
vacinação. O triste número de brasileiros que são acometidos ou morrem
pela doença diariamente está caindo. Temos observado e tem sido amplamente
noticiado que todos esses índices positivos são fatos. Não são questionáveis,
são realidades. E qual o motivo desses índices estarem se apresentando mais
favoráveis neste momento? Vacina. É a resposta. Vacina é a causa desses índices
estarem em declínio. PNI. Programa robusto, tão grande quanto o Brasil",
completou Barra Torres. A fake news em que Bolsonaro associa a vacina ao risco de
pegar Aids também foi alvo do relatório final da CPI da Covid. A comissão
solicitou que o Supremo Tribunal Federal (STF) inclua a declaração no inquérito
das fake news, no qual Bolsonaro já é investigado. Pediu também que o
presidente seja banido das redes socias. Declaração de
Bolsonaro A live de Bolsonaro foi retirada do ar por Facebook, YouTube
e Instagram.
Nela, o presidente mencionou uma notícia falsa que diz que
relatórios oficiais do Reino Unido teriam sugerido que as pessoas totalmente
vacinadas estariam desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida
(AIDS) "muito mais rápido do que o previsto". g1, com foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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