10/10/2021
Servidores da Saúde de Campina Grande fazem novo protesto contra descaso da prefeitura
CAMPINA GRANDE, PB - Os servidores da Saúde de Campina
Grande realizaram mais uma mobilização, na última sexta-feira, 08, no pátio da
Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O ato integrou o calendário de
paralisações semanais de dois dias, aprovado em assembleia da categoria no dia
30 de agosto. No próximo dia 13, acontecerá assembleia virtual decisiva, de
avaliação e encaminhamentos, a partir das 14h30. Conforme destacou o presidente do Sindicato dos
Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e Borborema (Sintab), Giovanni
Freire, não há diálogo com a categoria por parte do novo secretário de Saúde,
Gilney Porto. Segundo ele, “por mais que persista o descaso da gestão municipal,
os servidores seguirão incansáveis na luta pelos seus direitos”. “Não houve diálogo nenhum por parte do atual secretário.
Vejam vocês que semana passada teve unidade de saúde que não tinha máscara para
os profissionais e não é a primeira vez que denunciamos isso aqui. A nossa
pauta aqui é extensa, os Planos de Cargos não cumpridos, as progressões não
pagas. São servidores que estão há mais de quatro anos sem reajuste salarial.
Não se garante o mínimo, mas querem cobrar o máximo, portanto a gente não vai
desistir”, ressaltou o presidente. O diretor de Política e Formação do Sintab, Franklyn Ikaz,
também lembrou que a pauta reprimida é antiga. “Enquanto estiverem nos atacando
nós lutaremos pelos nossos direitos! Entra prefeito sai prefeito e os problemas
continuam os mesmos, porque não têm interesse de resolver, eles decidiram pelo
não, decidiram que querem condenar não só os servidores, mas a população que
tem nos serviços públicos sua única chance de viver”, afirmou. Assim também reforçou o diretor de Comunicação, Napoleão
Maracajá. “É a mesma pauta de dias atrás, de anos atrás, pasmem, sem nenhuma
resolutividade, não se faz sequer o trivial, trabalhadores concursados que
prestam um bom serviço, mesmo faltando os insumos essenciais”, comentou. Uma usuária do serviço público de saúde, que será
identificada apenas como Socorro, pediu a palavra, para também denunciar a
precariedade da situação. “Eu moro na liberdade e tem um posto que quando eu
vou lá para pedir um exame, passa três quatro meses, não tem remédio, não tem
nada, a gente não é obrigado a aguentar isso”, disse.
Essa realidade de descaso, que afeta a própria dignidade e
coloca vidas em risco, foi denunciada ainda pelos próprios servidores, caso da
agente comunitária de saúde (ACS) Ivone Agra. “Nós estamos aqui e paralisamos
as nossas atividades não porque nós somos preguiçosos, esta é a imagem que a
prefeitura constrói dos servidores junto à mídia, mas a nossa luta é justa! Nós
somos os principais soldados do SUS, imaginem Campina sem a atenção básica para
atender os mais pobres?! Eu não recebi fardamento, nas unidades não tem remédio
para todo mundo, a nossa realidade é muito cruel”, lamentou. Assessoria, com foto: Divulgação
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