09/10/2021
Queiroga relativiza mortes por Covid: “Só doença de coração são mais de 380 mil todos os anos”
BRASÍLIA, DF - O ministro Marcelo Queiroga (Saúde)
relativizou as 600 mil mortes por Covid-19 no Brasil, marca atingida na tarde
desta sexta-feira (8). Ao responder a uma pergunta de uma jornalista sobre o que
faltou para o Brasil evitar tantas vidas perdidas, Queiroga citou dados de
mortes em doenças por coração e câncer, e afirmou que a Covid matou em
"todos os locais do mundo" --o Brasil é o segundo país com mais
mortes em números absolutos, atrás apenas dos Estados Unidos. "Em primeiro lugar, só de doença do coração são 380 mil
[mortes] todos os anos. Se contar no mesmo período [março de 2020, quando houve
a primeira morte por Covid no país], nós teríamos também cifras alarmantes.
Câncer também tem elevada incidência de óbitos". E a Covid-19 é uma
emergência sanitária internacional que levou a óbitos em todos os locais do
mundo", disse o ministro. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, houve
310,5 mil mortes por problemas no coração em 2021. Quanto ao câncer, a morreram
232 mil pessoas em 2019, último dado disponível, de acordo com o Instituto
Nacional do Câncer (Inca), do Ministério da Saúde. O ministro também dividiu responsabilidade com estados e
municípios, que integram o Sistema Único de Saúde (SUS). "É uma tarefa de
todos nós. Estamos trabalhando para ter cada dia melhores resultados, não só
com Covid, mas com os outros problemas". Ele afirmou ainda que houve um
aprendizado dos médicos para lidar com a doença ao longo do tempo e que o
"conhecimento foi avançando". Vacinação Na mesma entrevista coletiva, o Ministério da Saúde afirmou
ainda que seu planejamento para 2022 prevê o investimento de R$ 11 bilhões para
a campanha de vacinação contra a Covid-19. Pela primeira vez, os gestores da pasta explicaram alguns
dos detalhes já conhecidos da próxima rodada de vacinação. De acordo com o
governo, após reunião e debates com especialistas, já está previsto para o
próximo ano: - Uma dose para pessoas de 18 a 60 anos;] - Duas doses para pessoas com mais de 60 anos e
imunossuprimidos; - Vacinação por faixa etária decrescente, e não por grupo de
risco; - Vacinação seis meses após a imunização completa em 2021 ou
dose de reforço; - Duas doses para novos públicos, se houver ampliação
(crianças e adolescentes); - Vacinação heteróloga: cada vacinado recebe imunizante
diferente do aplicado no ano anterior; - Ao todo, devem ser necessárias 340 milhões de doses;
- Utilização apenas de vacinas com registro definitivo pela
Anvisa, o que exclui atualmente a CoronaVac g1, com foto: Clauber Cleber Caetano/PR
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