02/09/2021
Saúde de Campina Grande decide parar dois dias por semana devido a “descaso da gestão municipal”
CAMPINA GRANDE, PB - Em assembleia virtual realizada na
tarde da última segunda-feira, 30, pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos
Municipais do Agreste e Borborema (Sintab), os servidores da Saúde de Campina
Grande aprovaram paralisações semanais de dois dias, sendo um deles, também de
mobilização. A categoria afirma que não aguenta mais ser ignorada pela
gestão municipal, que, de acordo com o Sintab, continua sem cumprir nenhum dos
pleitos reprimidos, problemas antigos e que colocam em risco a vida destes
trabalhadores, incansáveis no cumprimento de suas funções, mesmo diante da
pandemia de Covid-19. As paralisações terão início no próximo dia 15, tendo em
vista o feriadão de 07 de setembro, com a possibilidade de fechamento das
repartições públicas também no dia 06, para não prejudicar a população com
quatro dias sem atendimento ao público, somando os dois dias de paralisação com
o feriadão. O presidente do Sintab, Giovanni Freire, explicou a decisão.
“Faz oito semanas que mobilizamos e nada foi resolvido, agora o serviço vai
parar. Esta é a resposta dos trabalhadores ao descaso do governo municipal. Não
há nenhum respeito pelos servidores, nem o equipamento de proteção individual,
que é proteção de vida, está sendo garantido. Além disso, não tem cumprimento
de data-base, não tem plano de cargos, não tem sequer pagamento correto da
folha desde o início desta gestão”, destacou. Sobre as demandas não cumpridas, o diretor de Política e
Formação Sindical da instituição, Franklyn Ikaz, lembrou que, embora o
secretário de Saúde, Filipe Reul, tenha recebido a categoria, até agora nenhum
problema foi resolvido. “Tivemos mais uma reunião com o secretário e o discurso
é exatamente o mesmo. Toda reunião, a gente recebe ‘não’ ou promessas que não
se cumprem. A via crucis dos servidores tem sido uma coisa inaceitável porque é
só exigência, sem que se tenha uma mão dupla, é um caminho de mão única, todos
os deveres são cobrados mas os direitos não são garantidos”, lamentou. Para o diretor de Comunicação, Napoleão Maracajá, há um
projeto arquitetado, de esquecimento do servidor público no município. “É um
projeto que é de desrespeito total aos servidores. Está muito claro isso nas
cansativas e vazias reuniões com os secretários, pautas de anos que seguem sem
resolução, há uma estratégia também nessa ideia dos secretários receberem mas
sem entregarem nada, enquanto o prefeito continua ignorando a categoria”, frisou. O Sintab afirma também que, enquanto se organizam para o
início das paralisações, os efetivos aguardam o cumprimento de algumas ações
anunciadas pelo secretário Filipe Reul, em reunião realizada no dia 24 de
agosto. “Nós tivemos a reunião com o secretário e sobre os Planos de Cargos,
ele disse que a comissão é a mesma e já vai começar a analisar os processos.
Informou que horário de trabalho permanece como está até sair uma normativa
sobre o novo. Com relação ao Previne Brasil, a comissão já foi publicada e
cobramos dele que faça o Projeto de Lei. Sobre equipamento de proteção, disse
que já adquiriu fardamento, que deve entregar nos próximos 15 dias e vai
investigar o que está acontecendo sobre as denúncias de irregularidade na
distribuição de máscaras, para resolver o problema”, detalhou a vice-presidente
do sindicato, Monica Santos.
O local e data da mobilização do dia 15 ainda estão sendo
definidos e serão divulgados nos próximos dias, de acordo com a entidade. Assessoria, com foto: Sintab
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