22/08/2021
Para receber o novo Auxílio Brasil, a partir de novembro, será necessário atualizar o CadÚnico; veja como
BRASÍLIA, DF - Com a previsão de atender até 16 milhões de
famílias a partir de novembro, o Auxílio Brasil, programa que pretende
substituir o Bolsa Família, exigirá inscrição ou atualização no Cadastro Único
para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) para os trabalhadores
informais de baixa renda. Segundo a Medida Provisória 1.061/2021, esse é um dos
critérios para ter direito ao benefício. Além dos dados atualizados no CadÚnico, a família deve ter
renda mensal de meio salário mínimo por pessoa (R$ 550, atualmente) e renda
mensal total de até três salários mínimos (R$ 3,3 mil, em valores atuais). A
exigência não vale para quem recebe o Bolsa Família. Nesse caso, a migração
para o novo programa será automática, segundo o Ministério da Cidadania. Os valores das parcelas não foram definidos e só serão
informados em meados de outubro. Isso porque parte dos recursos para o Auxílio
Brasil dependerão da aprovação de um fundo que consta da Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) dos Precatórios. Como verificar o
cadastro A melhor maneira de saber se a família está cadastrada e se
precisa atualizar as informações é por meio do aplicativo Meu CadÚnico. A
ferramenta informa se o cadastro está desatualizado ou em processo de
averiguação e permite a impressão de comprovantes. Caso o usuário não tenha internet, deve procurar algum
Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) ou um posto de atendimento do
CadÚnico. O endereço mais próximo pode ser localizado no site Mapas
Estratégicos para Políticas de Cidadania (MOPS). Como atualizar Segundo o Ministério da Cidadania, a falta de atualização
leva à exclusão do registro no CadÚnico depois de quatro anos. Todos os anos, o
governo federal revisa os dados e chama as famílias com informações
desatualizadas para corrigirem a situação, sendo que as famílias, no momento da
inscrição, comprometem-se a atualizar os dados a cada dois anos no máximo. A atualização só pode ser feita em um CRAS ou em postos de
atendimento do CadÚnico ou do Bolsa Família. Em caso de mudança de endereço, de
telefone, de estado civil, de renda mensal ou em eventos de nascimento, adoção
ou falecimento na família, o cadastro deve ser atualizado o mais rápido
possível. Como se cadastrar As famílias de baixa renda ainda não inscritas no CadÚnico
devem fazer o cadastro. Para isso, é preciso estar atento aos requisitos: renda
por pessoa na família de até meio salário mínimo ou renda mensal de até três
salários mínimos. O processo também é feito em um CRAS ou postos do CadÚnico ou
do Bolsa Família. Um membro da família, chamado de Responsável pela Unidade
Familiar, se encarregará de repassar as informações. A pessoa deve ter pelo
menos 16 anos, Cadastro de Pessoa Física (CPF), título de eleitor e ser
preferencialmente mulher. Alguns estados e municípios só atendem sob agendamento. O
responsável pela família deverá levar pelo menos um documento por pessoa da
família. São aceitos: certidões de nascimento, certidão de casamento, RG, CPF,
carteira de trabalho e título de eleitor. No caso de indígenas, é necessário Registro Administrativo
de Nascimento Indígena (RAIN). A apresentação de CPF e de título de eleitor
pode ser dispensada para indígenas ou quilombolas, mas algum outro documento de
identificação, entre os citados anteriormente, deve ser levado.
Pessoas sem documentos nem registro civil podem registrar-se
no CadÚnico. A inscrição, no entanto, fica incompleta, com o acesso a programas
sociais sendo liberado apenas após o fornecimento de toda a documentação
necessária. Agência Brasil, com foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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