09/06/2021
Governo pode prorrogar Auxílio Emergencial por 2 meses ou mais, se não tiver vacina
BRASÍLIA, DF - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou
nesta terça-feira (8) que o auxílio emergencial será prorrogado por pelo menos
mais dois meses. Previsto para terminar em julho, o benefício será estendido
até setembro, mas esse período ainda poderá ser ampliado, caso a vacinação da
população adulta não esteja avançada. "Todos os governadores estão dizendo que toda a
população adulta estará vacinada no final de setembro. Se isso não acontecer, a
gente estende o auxílio emergencial. Nós estamos estendendo para agosto e
setembro. Se for necessário, estenderemos mais", afirmou Guedes, durante
conferência virtual do Bradesco BBI em Londres. “O presidente Jair Bolsonaro é quem vai decidir o prazo.
Primeiro, esses dois ou três meses, e então devemos aterrissar em um novo
programa social que vai substituir o Bolsa Família”, acrescentou. Segundo Guedes, os recursos para a prorrogação do auxílio
serão viabilizados por meio de abertura de crédito extraordinário. Atualmente,
o custo mensal do programa, que paga um benefício médio de R$ 250 por família,
é de R$ 9 bilhões. "O auxílio emergencial são R$ 9 bilhões por mês. Então,
seriam R$ 18 bilhões por dois meses. Só que R$ 7 bilhões já estão lá de
remanescente do auxílio emergencial do ano passado. Precisaríamos de R$ 11
bilhões, que viriam por crédito extraordinário", explicou. O novo programa social que substituirá o Bolsa Família não
foi detalhado pelo ministro durante a palestra. Segundo ele, será um programa
que vai incluir mais beneficiários, mas terá "linhas conservadoras" e
ficará dentro da regra de teto de gastos. O ministro também disse que o governo estuda a criação de um
fundo de para a erradicação da pobreza, que poderia ser abastecido com recursos
de privatizações de empresas estatais. Durante sua fala, Guedes defendeu a
venda de ativos públicos e citou sua expectativa quanto à aprovação, pelo
Senado Federal, da venda da Eletrobras, maior empresa de energia da América
Latina. A privatização já foi aprovada na Câmara dos Deputados.
Sobre o programa de desestatizações, o ministro ainda
mencionou o processo de venda dos Correios, de privatização da Cedae, a
companhia de saneamento do estado do Rio de Janeiro, além da concessão recente
de portos e aeroportos. Agência Brasil, com Foto: Washington Costa/ASCOM-ME
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